segunda-feira, 19 de setembro de 2011

La môme Piaf


A vida é como uma Piaf.
Bruta, desfeita,
Porém perfeita,


Sua voz. 


Nas ruas, fez sua vida.
Nos bares, fez seu show.
Tímida, pequena e feia.


Nem sempre um la vien rose,
Mas de início, um ne me quitte pas.

Amar ou Tentar, Apenas.

NÃO ME VEJO COMO DEVERaS TER vISTo.
EU NÃO cONSIGO ME ReVER, INSISTO.
PASSA A PASSO, PENSAmENTO NO CHÃO,
SONHOS NO MUNDEL DE AÇO, FERRO E PALHAÇO.


EU NÃO SEi O QUE ESCREVO,
EU aPENAS SEI O QUE VEJO
PORQUE PELO QUE VEJO, EU DEsEJO
PeLO QUE nÃO VhEJO EU TRAQUEJO.


NÃo ME CONVÉM DESCREVER PELO PENSAR
SE AO MENOS EU REALIZASSE, O AMAR.
TALVEZ FOSSE AINDA MAIS SALUTAr.


EMBORA EU CONTINUE A DESEJAR, 
O MOMENTO NÃO É DE RELUTAR,
APENAS VIVER E REPENSaR.


SERÁ? OU MESMO LUTAR? 
OU JOGAR NAS ARTEMANHAS
DE AMAR, E NÃO DESISTIR SEM ANTES RELUTAR? 
ENTÃO NÃO É AMOR, É APENAS TENTAR?


Lucas Wallace Ferreira dos Santos
11 de abril de 2010.


Obs.: Aos curiosos, juntem as letras minúsculas. Não foi erro de digitação.

domingo, 4 de setembro de 2011

Ainda que esteja a milhares de pés,
não consigo sentir os meus.
Ainda que o pássaro de ferro alce voo,
nada melhor do que sentir a liberdade
de uma ave , mesmo atado à cinto e num
espaço apertado.


Andando nas nuvens, não só no pensamento.


Ainda que numa liberdade condicionada,
O homem consegue ser dos mais engraçados seres.
Voar sem liberdade.


Lucas Wallace (Viagem a São Paulo no fim de maio e início de junho de 2011 )

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Choram nos túmulos
Ou na terra em que tudo se fertiliza
Homens e mulheres que um dia lutaram
Por um outro mundo.
Um mundo que eles não queriam ter vivido.
Nem este que vivemos
Sem educação, saúde, segurança dignos.
Revolução Francesa, luta dos Negros, dos Índios, ano de 68, grevistas.


Direitos!


Ser humano não se resume ao contentar-se contente ou não.
História. Cadê? Você a fez?


Nós fazemos. Como você quer contá-la pra quem quiser ouvir?
Não se torne apenas um animal que se diz racional.
Faça valer seus privilégios.
Não privilégios.
Necessidades básicas, dignas, sensatas, reais.
Que este desabafo não seja apenas mais um.


Lucas Wallace (18/03/2009)


...O povo do Cairo está fazendo sua história, muito me tranquiliza que mais uma ditadura está sendo abalada.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Dois mundos numa só realidade (O esgoto e o rio)

Sobe;
Desce;
Molha, lava, escapa, vai.
Mistura, suja, escorre, cai.
E segue tomando forma, gotícula a gotícula,
Metal, areia, lixo, partícula.
À céu aberto, seguindo a lei do esquecido.
Seria, antes fosse limpo, ao menos percebido.

"Pare, proibido!"

Então segue, bate, volta, segue, caminha.
Caminha...
Caminha...
Ca...mi...nha...
Cai no boeiro.
Estanca.
Se junta ao amigo esquecido.
Segue sem rumo, sem identidade, corrompido.

Já o rio, límpido e brilhante, desliza.
Ofusca a luz solar, loa o luar.
E continua lisa.
Mas segue, bate, volta, segue, caminha,
Caminha,
Caminha,
Caminha,
Desce, desenrola, rega, desabrocha.
Adoece, fica roxa.
Mas luta, segue, aposta.

Se encontram, se estranham,
Nadam, nadam,
Mandam,
Obedecem, lutam, enfim.
Seguem...

Descem,
Tecem,
Mexem,
Ferem a si, a ti.

"Parem, urgente!"

Mas, enfim, desembocam no mar
e seguem...

Seguem a lei da física,
A nossa lei vigente,
A lei da realidade,
A lei da gravi-socie-dade.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A mente mente?

O que é a mente?
A mente mente? Não!
A mentira da mente
É uma inverdade.
Aquela condiz a uma não existência.
Quem mente és tu.
A mente desmente.
Queira ou não,
Ela fala a verdade,
Ela testa seu caráter
Num ir e vir feito onda.
Como se os sentimentos
Estivessem à prova constante.
Entre 'ser' e 'sentir' está você.
Você mente? A mente não!

Lucas Wallace (18/03/2009)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Escrevo por ser homem não-mecânico

Escrevo porque escrever
Liberta.
Escrevo porque poesia é
Vida.
Escrevo porque, quando escrevo,
Altero.
Escrevo porque sou poeta quando escrevo.
Quando termino, não sou mais,
Pois escrevo hoje, amanhã talvez.
Escrevo porque na escrita não há fordista,
Nem taylorista.
Porque escrever não é um ato em série,
Escrevo porque sou uno dentre milhões,
Homem não-mecânico.
Ser humano me sustenta.