Choram nos túmulos
Ou na terra em que tudo se fertiliza
Homens e mulheres que um dia lutaram
Por um outro mundo.
Um mundo que eles não queriam ter vivido.
Nem este que vivemos
Sem educação, saúde, segurança dignos.
Revolução Francesa, luta dos Negros, dos Índios, ano de 68, grevistas.
Direitos!
Ser humano não se resume ao contentar-se contente ou não.
História. Cadê? Você a fez?
Nós fazemos. Como você quer contá-la pra quem quiser ouvir?
Não se torne apenas um animal que se diz racional.
Faça valer seus privilégios.
Não privilégios.
Necessidades básicas, dignas, sensatas, reais.
Que este desabafo não seja apenas mais um.
Lucas Wallace (18/03/2009)
...O povo do Cairo está fazendo sua história, muito me tranquiliza que mais uma ditadura está sendo abalada.
Depois de muitos anos resolvi criar um blog de uma das coisas que mais gosto de fazer. Poesia. Pois bem, diferentemente do que pensam, poesia é paratodos, não é dom, ou coisa parecida. Isto é, sou estudante de Direito, e às vezes, poeta. Com aspirações de uma poesia da "era" de uma falsa contemporaneidade. Falsa por tê-la entre o seu percurso, um passado que o fez e um futuro que aspira esse passado. Por fim, poesia contemporânea: é aquilo que é e não é mais ao mesmo tempo, foi e será.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Dois mundos numa só realidade (O esgoto e o rio)
Sobe;
Desce;
Molha, lava, escapa, vai.
Mistura, suja, escorre, cai.
E segue tomando forma, gotícula a gotícula,
Metal, areia, lixo, partícula.
À céu aberto, seguindo a lei do esquecido.
Seria, antes fosse limpo, ao menos percebido.
"Pare, proibido!"
Então segue, bate, volta, segue, caminha.
Caminha...
Caminha...
Ca...mi...nha...
Cai no boeiro.
Estanca.
Se junta ao amigo esquecido.
Segue sem rumo, sem identidade, corrompido.
Já o rio, límpido e brilhante, desliza.
Ofusca a luz solar, loa o luar.
E continua lisa.
Mas segue, bate, volta, segue, caminha,
Caminha,
Caminha,
Caminha,
Desce, desenrola, rega, desabrocha.
Adoece, fica roxa.
Mas luta, segue, aposta.
Se encontram, se estranham,
Nadam, nadam,
Mandam,
Obedecem, lutam, enfim.
Seguem...
Descem,
Tecem,
Mexem,
Ferem a si, a ti.
"Parem, urgente!"
Mas, enfim, desembocam no mar
e seguem...
Seguem a lei da física,
A nossa lei vigente,
A lei da realidade,
A lei da gravi-socie-dade.
Sobe;
Desce;
Molha, lava, escapa, vai.
Mistura, suja, escorre, cai.
E segue tomando forma, gotícula a gotícula,
Metal, areia, lixo, partícula.
À céu aberto, seguindo a lei do esquecido.
Seria, antes fosse limpo, ao menos percebido.
"Pare, proibido!"
Então segue, bate, volta, segue, caminha.
Caminha...
Caminha...
Ca...mi...nha...
Cai no boeiro.
Estanca.
Se junta ao amigo esquecido.
Segue sem rumo, sem identidade, corrompido.
Já o rio, límpido e brilhante, desliza.
Ofusca a luz solar, loa o luar.
E continua lisa.
Mas segue, bate, volta, segue, caminha,
Caminha,
Caminha,
Caminha,
Desce, desenrola, rega, desabrocha.
Adoece, fica roxa.
Mas luta, segue, aposta.
Se encontram, se estranham,
Nadam, nadam,
Mandam,
Obedecem, lutam, enfim.
Seguem...
Descem,
Tecem,
Mexem,
Ferem a si, a ti.
"Parem, urgente!"
Mas, enfim, desembocam no mar
e seguem...
Seguem a lei da física,
A nossa lei vigente,
A lei da realidade,
A lei da gravi-socie-dade.
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